The Noite – Visurdo

Nesta edição do programa The Noite, exibida em junho de 2018 no SBT, Andrei e Tainá  – os irmãos surdos que apresentam os vídeos do canal Visurdo no Youtube – contam um pouco sobre suas experiências e sobre algumas práticas culturais das comunidades surdas.

Com o seu sarcasmo de costume, o apresentador Danilo Gentili pergunta aos convidados (Andrei, Tainá e seus pais) sobre a surdez, as reações na família, as línguas de sinais etc.

  
The Noite
  


Categoria: Surdez na mídia
País: Brasil
Línguas: Português e Língua de Sinais Brasileira (Libras/LSB)
Site oficial: https://www.sbt.com.br/talkshow/the-noite


  

A música e o silêncio

Dirigido por Caroline Link, “A música e o silêncio” traz a história de Lara, uma moça coda (ouvinte filha de surdos) que, arrebatada pela música, decide trilhar um caminho aparentemente distante das expectativas de seus pais, Martin e Kai.

Temas delicados e sensíveis, como as descobertas da juventude, as peculiaridades da experiência Coda, os conflitos familiares, entre outros, destacam-se na trama deste filme alemão lançado em 1996.

A personagem Kai, mãe de Lara, é encenada pela famosa atriz surda Emmanuelle Laborit. Martin, o pai afetuoso, é interpretado pelo ator surdo estadunidense Howie Seago. Já a protagonista Lara é interpretada por duas atrizes ouvintes: Tatjana Trieb (Lara quando criança) e Sylvie Testud (Lara quando jovem) – ambas utilizam a língua de sinais para se comunicar com os outros personagens surdos.

Emocionante e bem humorado, o drama – indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1998 – partilha com o público vivências cotidianas das comunidades surdas, além de abordar com muita sutileza a complexidade das relações humanas. (Para assistir a outros filmes completos sobre o tema, clique aqui).

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO FILME COMPLETO

A música e o silêncio
 


Categoria: Filmes
País: Alemanha
Ano: 1996
Título: “A música e o silêncio” (“Jenseits der Stille”)
Línguas: Alemão e Deutsche Gebärdensprache (Língua de Sinais Alemã), legendas em Português


 

Selo comemorativo – Robert Panara

Entre os mais jovens, provavelmente haverá muitos que nunca colaram um selo postal em uma carta. Carta? Para os nativos digitais da Geração Z, as cartas perderam espaço para a comunicação direta e imediata das redes sociais. Mas eles – os selos – resistem, firmes, para além das coleções de filatelistas, em milhões de correspondências trocadas diariamente em todo o mundo.

Há poucos anos, nos Estados Unidos, um proeminente professor surdo foi homenageado em selo, com um retrato seu a sinalizar “respeito” em American Sign Language. O selo, impresso pelo Serviço Postal dos Estados Unidos (U.S. Postal Service – USPS), faz parte de uma série intitulada Distinguished American, que homenageia “cidadãos estadunidenses que deixaram sua marca na sociedade norte-americana”. Desde o ano 2000, menos de vinte personalidades foram agraciadas com tal deferência – entre elas, o virologista Albert Sabin e a escritora Edna Ferber.

Robert Panara, um dos pioneiros dos Estudos Surdos do país, foi, em 2017, a 16º pessoa a receber essa honraria (veja aqui outros nomes da coleção).

Panara (1920-2014), surdo desde criança, formou-se pela Gallaudet University em 1945 e, depois de trabalhar como professor de ensino básico na New York School for the Deaf, retornou à Gallaudet em 1948, onde lecionou no departamento de Língua Inglesa (por um período, ao lado de William Stokoe, famoso pesquisador ouvinte das línguas de sinais). Chama a atenção o fato de Panara ter sido o primeiro surdo a conquistar o grau de mestre na Universidade de Nova Iorque, ainda na década de 1950 – fato louvável para a época.

Um de seus grandes feitos, no entanto, que marca também seu nome na história das comunidades surdas americanas, foi sua importante participação, no final dos anos 60, na criação do National Technical Institute for the Deaf  – NTID (Instituto Técnico Nacional para Surdos), centro de ensino superior de referência ligado ao Rochester Institute of Technology (RIT), em Rochester (NY), onde Panara se destacou como um de seus primeiros – e mais importantes – professores surdos.

Em sua trajetória de mais de 40 anos de docência, entre a Gallaudet University e a NTID, Panara dividiu com alunos surdos e ouvintes a sua paixão pelo teatro e pela literatura, áreas em que provou a imensa potência da experiência surda e da língua gestual.

Hoje, o selo que leva a sua imagem é – como chamado nos EUA – um “selo eterno” (“forever stamp“): independentemente do reajuste do valor das tarifas, ele valerá sempre para o peso indicado – hoje ou daqui a dez anos. Assim como o trabalho de Robert Panara para as comunidades surdas americanas, que jamais perderá valor.

Clique aqui para assistir a Panara performando poemas em ASL, em gravação de 1974; aqui para assistir a uma entrevista com ele, em 1972, sobre projetos de teatro na NTID; e aqui para assistir à cerimônia de lançamento do selo na NTID. Quer comprar o selo direto do site da USPS? Clique aqui.

  
Selo - Robert Panara
  


Categoria: Outros
País: Estados Unidos
Línguas: Inglês e American Sign Language (ASL)


 

Toda criança do mundo mora em meu coração

Retirado do livro homônimo, o texto “Toda criança do mundo mora em meu coração”, de Ruth Rocha, ganha uma simpática versão em Libras apresentada por quem mais entende de crianças: elas próprias.

No vídeo, alunos e alunas do Centro de Educação para Surdos (CES) Rio Branco sinalizam o poema, em mais uma excelente produção da série “Tempo de Poesia”.

 
Toda criança
 


Categoria: Poesia em Língua de Sinais
País: Brasil
Poema: “Toda criança do mundo mora no meu coração
Línguas: Português e Língua de Sinais Brasileira (Libras/LSB)


 

GatoSordo Cafeteria

Em novembro de 2016, na esquina das ruas Padre Lloreda Manuel de la Torre e Sánchez de Tagle, nos arredores do centro histórico da cidade de Morelia (Michoacán, México), um nova cafeteria surda passou a chamar a atenção da população local: a GatoSordo.

Na fachada, o nome GatoSordo é também estampado com letras do alfabeto manual e a frase “Tu espacio de inclusión” (“Seu espaço de inclusão”) indica que, por ali, todos e todas são muito bem-vindos(as).

Fundada e gerida por Magdalena Vargas (ouvinte), a GatoSordo – um negócio de impacto social – busca não só empregar e capacitar profissionais surdos, como promover para quem o frequenta um pouco das culturas surdas e da Lengua de Señas Mexicanas (LSM) – que se espalha por cartazetes, quadros, livros e ilustrações em todo o pequeno salão.

Como em outras várias cafeterias surdas espalhadas pelo mundo (clique aqui para conhecer um pouco mais sobre esse imenso universo), o estabelecimento conta com menus ilustrativos (bilíngues) e dispositivos vibratórios para acionar os atendentes surdos. E se a divulgação da LSM é um dos principais objetivos da cafeteria, não poderiam deixar de acontecer ali os cursos regulares de língua de sinais, oferecidos em pequenas turmas a crianças, jovens e adultos.

Para assistir a matérias sobre a GatoSordo, clique aqui, aqui e aqui.

 
GatoSordo (2)
 


Categoria: Bares e Restaurantes
País: México
Línguas: Espanhol e Lengua de Señas Mexicanas (LSM)
Site oficial: https://www.facebook.com/GatoSordoCafeteria