DLAN

Fundado em 2001 por um grupo de surdos da Croácia, o The Association Theater, Visual Arts and Deaf Culture – DLAN (Udruga Kazalište, Vizualne Umjetnosti i Kultura Gluhih) tem como principal objetivo a promoção e a reafirmação das artes e culturas surdas.

Para além do teatro, a organização – cujo nome, em croata, significa “palma da mão” – promove cursos de língua de sinais, oficinas de poesia gestual, signdance (dança com sinais), artes visuais, entre outros, firmando-se como um dos primeiros (e principais) grupos de teatro em Língua de Sinais Croata do país (a peça “The Planet of Silence”, então produzida pela companhia, ganhou destaque por seu ineditismo, há alguns anos).

“DLAN estimula a criatividade e a autoestima das pessoas surdas, contribuindo também para a acessibilidade nas artes e nos eventos culturais” (fonte: site oficial). Com participações em numerosos congressos e festivais surdos, a trupe apresenta por toda a Europa (e por outros países do mundo) novas formas de se fazer teatro, em peças como “Big Brother”, “Pinokio”, “9 meses e 10 minutos”, entre outras.

 
DLAN
 


Categoria: Teatro
País: Croácia
Línguas: CroataHrvatski Znakovni Jezik (Língua de Sinais Croata)


 

Fingersmiths

Sobre o palco, a língua de sinais se entrelaça à fala, criando diálogos em que ora se cruzam, ora se distanciam. Diferente dos intérpretes sombras (clique aqui para saber mais), da tradução comum (em cantos do tablado) ou dos espetáculos monolíngues (apresentados apenas em língua gestual), as peças da companhia britânica Fingersmiths amarram as duas línguas (Inglês e BSL) em cenas que correm simultânea ou intercaladamente, tecendo interessantes composições cênicas.

Fundado por Jeni Draper (diretora e intérprete de Língua de Sinais Britânica) e Jean Clair (atriz coda), o Fingersmiths traz ao público surdo e ouvinte novas formas de se fazer teatro, fundindo línguas em cativantes dinâmicas teatrais.

Apresentações como “Counting the ways”, “Who’s afraid of Virginia Woolf” e “In praise of fallen women” já foram encenadas pelo grupo, que há pouco ganhou ainda mais destaque com a temporada de “Frozen”.

Para assistir a trechos de apresentações do Fingersmiths, clique aqui (“Frozen”) e aqui (“Counting the ways”).

 
Fingersmiths
 


Categoria: Teatro
País: Inglaterra
Línguas: Inglês e British Sign Language (BSL)
Site oficial: http://www.fingersmiths.org.uk


 

Deaf Northern Lights Theatre

Durante alguns meses de 2013, surdos islandeses, dinamarqueses, noruegueses e canadenses reuniram-se para, juntos, criarem e encenarem um espetáculo teatral. O projeto, promovido por organizações e companhias de teatro que atuam com/para surdos desses quatro países, ganhou o nome de Deaf Northern Lights Theatre e contou com uma série de oficinas (ministradas, sobretudo, por profissionais da área) para a elaboração do roteiro e a produção da peça.

“Três participantes de cada país foram escolhidos para atuarem como atores, ou doze jovens surdos, ao todo. Outros membros das comunidades surdas dos países integrantes do projeto também participam como assistentes, figurinistas, maquiadores, contrarregras, etc.” (retirado do site oficial).

O espetáculo produzido pelo grupo, intitulado “Elements”, esteve em digressão pelas cidades de Thorshavn (Ilhas Faroe), Oslo (Noruega), Castberggard (Dinamarca), Reykjavic (Islândia), entre outras. Além da intensa troca entre surdos de diferentes regiões, o encontro possibilitou formações para o grupo e ofereceu ao público (surdo e ouvinte) mais uma produção artística feita por surdos.

 
Northern Theatre
 


Categoria: Teatro
País: Islândia, Dinamarca, Noruega e Canadá
Línguas: Várias
Site oficial: http://northernlightstheatre.wordpress.com


 

 

Tribos

Após quase um ano em cartaz, encerra-se no próximo dia 17 de agosto, no TUCA (Teatro da PUC-SP), a temporada paulistana da peça Tribos. O espetáculo retrata os dilemas de Billy (Bruno Fagundes), que “nasceu surdo em uma família de ouvintes, liderada pelo pai Christopher (Antonio Fagundes) e pela mãe Beth (Eliete Cigaarini), e completada pelos irmãos Daniel (Guilherme Magon) e Ruth (Maíra Dvorek). Billy foi criado dentro de um casulo ferozmente idiossincrático e politicamente incorreto. Adaptou-se brilhantemente às maneiras não convencionais de sua família, mas eles nunca se deram o trabalho de retribuir o favor. Finalmente, quando conhece Sylvia, uma jovem mulher prestes a ficar surda, Billy passa a entender realmente o que significa pertencer a algum lugar” (retirado da sinopse oficial de Tribos).

O pertencimento a uma cultura surda, as identidades surdas em conflito e as imposições oralistas (ouvintistas) são algumas das questões abordadas na peça que, a partir dessas experiências comuns às pessoas surdas, traz à tona grandes temas, como “os diversos tipos de limitação do ser humano e as dificuldades de convivência”.

Para atuar como Billy, Bruno Fagundes aproximou-se do mundo surdo, construindo um personagem (surdo oralizado) bastante verossímil. Durante o período em que ficou em cartaz, o grupo disponibilizou algumas sessões acessíveis (com interpretação em Libras) seguidas de um bate-papo com os atores, bastante frequentadas por surdos e ouvintes ligados às comunidades surdas do país.

Depois de ser assistido por mais de 70 mil espectadores em São Paulo, a peça segue agora para Portugal, onde irá estrear em 10 de setembro no Teatro Tivoli BBVA (de 10 à 28/09), em Lisboa. Em outubro, a peça irá para o Porto (dias 03 e 04, no Coliseu) e para Braga (dia 05).

Clique aqui para assistir a uma entrevista com Bruno Fagundes sobre Tribos.

 
Tribos
 


Categoria: Teatro / Eventos
País: Brasil
Línguas: Português e Língua de Sinais Brasileira (Libras/LSB)


  

 

Quest Visual Theatre

Fundado em 1997 em Maryland (EUA), o Quest Visual Theatre é formado por artistas, educadores e voluntários dedicados à pesquisa, criação, produção e apresentação de espetáculos de teatro visual. Entre apresentações, workshops, residências, cursos e projetos educativos, a companhia firma-se como uma importante referência de teatro físico/visual no campo da inclusão e da “cultura acessível”.

Dentro do Quest, a Wings Company destaca-se como um grupo de teatro formado por surdos, deficientes auditivos e ouvintes, comprometidos com a prática e a difusão do teatro visual, que ultrapassa qualquer “obstáculo” da língua.

Peças como “Mosaic“, “I carry the flag“, “Nano” e “Road Sign“, entre outras, já cativaram diferentes públicos em países como República Tcheca, Áustria, Hong Kong, Austrália, Escócia, etc.

Clique aqui para assistir a um trecho da peça E[motion]s, da Wings Company.

 
Quest Visual Theatre
 


Categoria: Teatro
País: Estados Unidos
Línguas: Inglês e American Sign Language (ASL)
Site oficial: http://www.questvisualtheatre.org