Hinos em sinais – Nova Zelândia

Praias paradisíacas, vulcões ativos, gêiseres, lagos exuberantes, picos nevados, entre outras paisagens deslumbrantes, espalham-se pela Nova Zelândia de norte à sul. Além das belezas naturais, são também famosas as tradições maoris, que evidenciam a riqueza do povo autóctone da região. O país, com menos de cinco milhões de habitantes, tem um dos melhores índices de desenvolvimento humano (IDH) do mundo e reconheceu a Língua de Sinais Neozelandesa como língua oficial (ao lado do inglês e do maori) em 2006. Abaixo, o hino nacional neozelandês é apresentado nas três línguas oficiais do país.

HINO DA NOVA ZELÂNDIA EM LÍNGUA DE SINAIS

Nova Zelândia
 


Categoria: Hinos em sinais
País: Nova Zelândia
Línguas: InglêsNew Zealand Sign Language (NZSL)


 

Co-Ed Cafe

A reafirmar a importância – e a graça – das diferenças, o Co-Ed Cafe (um pequeno café de Lower Hutt, Nova Zelândia) faz da Língua de Sinais Neozelandesa um meio de comunicação corrente em seu salão. O espaço, ligado à organização Coffe Educators, não só oferece aulas abertas de NZSL como a promove entre seus funcionários, alguns deles surdos.

O interesse pelas culturas surdas surgiu após Claire Matheson e Dan Burford (os responsáveis pelo projeto) terem realizado um curso de preparação de café com alunos da Newlands College – curso que contou com a participação de alguns estudantes com deficiência auditiva. “Queríamos abrir um estabelecimento em que jovens surdos pudessem desenvolver suas habilidades e que tornasse a cultura do café mais acessível para as comunidades surdas” (retirado de The Dominion Post). Desde então, várias iniciativas foram tomadas para abraçar a causa: da contratação de baristas e atendentes surdos à divulgação da NZSL em bandejas e ilustrações no local.

Por essas e outras, em 2015 o Co-Ed foi premiado pela Deaf Aotearoa (uma das principais organizações de surdos do país) como a melhor empregadora do ano. Um prêmio em que todos – surdos e ouvintes, clientes ou não – ganham.

 
Cafe Co-Ed
 


Categoria: Bares e Restaurantes
País: Nova Zelândia
Línguas: InglêsNew Zealand Sign Language (NZSL)
Site oficial: http://www.co-ed.co.nz


 
 

CQ Hotels

Em maio de 2015, durante a Semana de Conscientização sobre a Surdez (Deaf Awareness Week), o CQ Hotels Wellington, na capital neozelandesa, levou a cabo uma interessante empreitada para promover as culturas surdas e a língua de sinais do país: além da contratação de funcionários surdos e da capacitação de sua equipe em língua gestual (que já ocorria desde 2013), a rede hoteleira introduziu em seu restaurante (e em seus cafés) cardápios em New Zealand Sign Language (NZSL) – língua usada por quase 30 mil pessoas no arquipélago (clique aqui e aqui para ver fotos do cardápio).

Depois do sucesso da iniciativa, o CQ (que tem na acessibilidade uma grande bandeira) manteve não só a presença da NZSL e de alguns empregados surdos em seus estabelecimentos como incrementou a decoração de seus espaços com ilustrações de sinais e do alfabeto manual (clique aqui, aqui e aqui para visualizar parte dos espaços).

Agora, para além de poder atender prontamente o seu público sinalizante, o CQ Hotels toma parte – ativamente – na divulgação e no empoderamento das comunidades surdas locais.

 
CQ
 


Categoria: Bares e Restaurantes
País: Nova Zelândia
Línguas: InglêsNew Zealand Sign Language (NZSL)
Site oficial: https://www.cqwellington.com/


 
 

Rachel Coppage

“Educada em um ambiente oralista à época das proibições das línguas gestuais, eu não sabia da existência de comunidades surdas até mergulhar na cultura surda, aos 18, durante minha estadia de um ano com uma família surda de Chicago. Retornei à Inglaterra como uma nova pessoa, com a auto-estima elevada e ainda mais confiante. Vejo a transformação como uma metamorfose similar à das borboletas”, diz Rachel Coppage, artista surda britânica hoje radicada na Nova Zelândia (retirado de seu site oficial). Da descoberta, a guinada: hoje, as identidades Surdas a atravessam, (re)definindo suas formas de olhar, sentir e expressar o mundo (o que faz sobretudo por meio de telas, em que as línguas de sinais são traços recorrentes e a promoção das culturas surdas, um imperativo constante).

Borboletas, a confirmar a metáfora da liberdade, também aparecem em várias de suas pinturas, criando cenários cheios de mãos, asas, sinais e mensagens. Hoje, para além dos pincéis, Rachel realiza práticas de psicoterapia em New Zealand Sign Language (Língua de Sinais Neozelandesa), lutando dia a dia pelos direitos do povo surdo. Para ver mais trabalhos de Rachel Coppage, clique aqui.

 
Rachel Coppage
 


Categoria: Artes Plásticas
País: Reino Unido
Obra: “Liberation
Línguas: InglêsBritish Sign Language (BSL) e New Zealand Sign Language (NZSL)
Site oficial: http://www.rachelcoppage.com


 

 

Kapa Haka – Sign Language

Uma das principais manifestações culturais da Nova Zelândia, a Kapa Haka tem sua origem na tradição maori, o povo nativo da região. “Kapa haka é o termo para as artes performáticas maori e significa literalmente formar uma linha (kapa) e dançar (haka). Trata-se de uma combinação emocional e poderosa de música, dança e canto. A kapa haka é realizada por grupos culturais nos maraes, nas escolas, e durante eventos especiais e festivais” (retirado do site newzealand.com).

No vídeo abaixo, um grupo de alunos da Porirua School (escola primária de Porirua, cidade localizada na região metropolitana de Wellington, capital do país) introduz a Língua de Sinais Neozelandesa em uma apresentação de Kapa Haka, formando um simpático coro gestual.

 
Kapa Haka
 


Categoria: Coro gestual / Coro de sinais
País: Nova Zelândia
Línguas: InglêsNew Zealand Sign Language (NZSL)