Desde sua infância, arte é palavra presente no dia-a-dia de Claire Bergman, surda norte-americana. Sua mãe (também artista plástica) não raro a levava a museus, exposições e galerias pela cidade de Nova Iorque, onde Claire cresceu: Metropolitan, Guggenheim e MoMA (Museum of Modern Art) eram passeios corriqueiros, que em muito contribuíram para apurar a sensibilidade estética da jovem artista.
Aos nove, Claire já frequentava cursos na prestigiada Art Students League (àquela altura, sua timidez a deixava inibida diante de corpos nus que lhe serviam como modelos) e, anos mais tarde, matriculou-se no Pratt Institute. A língua de sinais, conheceu aos 25, quando se aproximou das comunidades surdas locais – desde então, a American Sign Language desponta como sua principal forma de comunicação e as culturas surdas, um universo que a atravessa diariamente.
“Para os Surdos, os olhos cumprem uma dupla função, servindo também como um ‘ouvido’. Nesse sentido, como artista, sinto que a surdez aumentou meu poder de observação, e isso influencia minha arte” (retirado de seu site oficial).
Muitas de suas pinturas, feitas principalmente à guache, caneta e tinta óleo, retratam figuras humanas, em cores pastéis e traços bastante característicos. Abaixo, a tela “Deaf girl with interpreter” (“Garota surda com intérprete”) traz à tona elementos do mundo surdo.
Para conhecer mais obras da artista, visite a galeria em seu site, clique aqui.
Categoria: Artes Plásticas
País: Estados Unidos
Obra: “Deaf girl with interpreter“
Línguas: Inglês e American Sign Language (ASL)
Site oficial: http://clariebergman.com/